segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os enamorados...


Como são lindos os enamorados
Nas praças, no bar, num jardim.
Como são lindos os amantes que não se importam com o que o outro tem.
Amam-se no ônibus, no metrô.
Trocam presentes, se beijam, se fazem bem.

Vejo as pessoas daqui
Cada um em seu lugar vivendo sua fantasia e dividindo-a com alguém
Sem olhar ao redor, sem se importar se o mundo vai ou não acabar.
Pois só se importam com eles mesmos que conservam o que tem sido tão raro pra mim

De mãos dadas andam por aí,sorrindo,vendo fadas, anjos voando e iluminando o seu caminho. Sem perceber as pessoas ao redor. Estão embebedados e cegos de amor.
Não conhecem a dor, não mergulham na noite afora com pessoas que os fazem sentirem-se sós, pois têm um ao outro e não precisam mergulhar nas profundezas da sua própria alma.

Só vão à escuridão os solitários, que têm que se contentar com seu próprio ser, pois estes não têm em quem encontrar a própria essência.
E invejam então os enamorados que passam por eles sem ver.
Olham ao redor sem entender que ali existem pessoas querendo também um amor assim viver.

Esbanjam a beleza do amor, mesmo que nem eles mesmos sejam belos, se vêem belos, pois estão a amar.
Enquanto tantos belos rolam de um para outro sem se quer se apaixonar por um ser.
Belos que procuram satisfazer seus egos ferindo os dos outros, se afirmando felizes, fazendo outros infelizes. Talvez tenham sofrido o mesmo e tentam se livrar deste sofrer dando aos outros.

Porém os amantes amam-se sem limites, se fundem, se aceitam.
Sonham juntos, vivem um sonho, trazem-no para a realidade.
Seguem seus caminhos. No metrô, nos ônibus, nas praças, por aí.
Eu os vejo de longe, e do lado de cá os admiro...

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