quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Adeus ao pianista...


Na minha cabeça correm em grande distância

Palavras sem importância

Que não paro de falar


Ao som de um piano choro

Pois nos meus ouvidos cansados

Ele sempre tem lugar


Lembro-me do passado ano que vivi o irreal
Você o toca e não é leal
Pois pode tudo menos chorar

Derramei as lágrimas da vontade

Lágrimas da saudade
Por quem neste velho piano os dedos vive a derramar

Perdi as canções

Perdi a coragem

Mas mesmo assim vivo a cantarolar


A dor será apagada pelo melancólico som da sonata

E na tua cara será jogada

A aposta que fizemos a luz do luar


As coisas sonhadas e hoje feridas

O som rejeitado

O sentimento inconsolado

As despedidas


Deixarei então o velho piano

nas mãos do meu amor insano

Até a última corda se quebrar.

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